A adolescência é uma fase naturalmente muito difícil. As alterações hormonais da puberdade, provocam mudanças físicas, psicológicas e é natural que o adolescente se sinta confuso, vivenciando flutuações de humor, dúvidas, ansiedades e inseguranças. É comum se ouvir dizer que os filhos não querem mais sair com a família, passam o dia no quarto, se isolam e não conversam com eles e vivem se irritando por qualquer coisa.
Entretanto, é necessário ficar atento e saber distinguir o que realmente está relacionado à puberdade de outros comportamentos que podem ser risco à saúde mental do adolescente e que podem evoluir para quadros graves de depressão, e até mesmo suicídio.
Os pais também precisam entender que os filhos precisam conquistar a independência emocional e construir sua própria identidade. Ter suas próprias opiniões e escolhas, buscam seus próprios sonhos e querem entender onde melhor se encaixam na sociedade.
Eles estão mais vulneráveis ao desenvolvimento de depressão e outros transtornos mentais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 50% dos casos de doenças mentais começa aos 14 anos. A depressão é a doença mais frequente na adolescência, e o suicídio é a principal causa de morte de pessoas que têm entre 15 e 29 anos. Nessa fase a maioria dos transtornos mentais não é diagnosticada ou tratada.
Existem também algumas situações em que o adolescente é mais exposto, podendo ser uma causa do desenvolvimento de transtornos mentais e dificuldades como:
- Ambiente familiar instável e conturbado;
- Falta de diálogo em casa;
- Bulling;
- Dificuldade de socialização;
- Baixa-autoestima;
- Uso de drogas;
- Questão socioeconômica desfavorável, havendo discriminação.
É muito importante que os responsáveis olhem com atenção redobrada para os jovens: conversar, ouvir, ficar de olho, e se se precisar de ajuda ou apenas orientação, procure um psicólogo ou psiquiatra. É fundamental para o diagnóstico precoce e prevenção de transtornos mentais.
Fique atento em manifestações como:
- Humor deprimido ou irritável;
- Tristeza profunda;
- Impulsividade;
- Isolamento social;
- Agressividade;
- Diminuição do interesse por atividades que antes davam prazer;
- Perda ou ganho de peso significativo;
- Queda no rendimento escolar;
- Fadiga;
- Isolamento social;
- Insônia ou excesso de sono;
- Dificuldades de concentração;
- Inquietação ou lentidão nos movimentos;
- Pensamentos sobre morte ou suicídio.
Se observar que esses sintomas são constantes, não hesite em procurar ajuda de um psiquiatra, que poderá realizar o diagnóstico e tratamento mais adequado.